segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012: Marcas do que se foi

É curiosa a sensação que este tempo causa em nós (pelo menos em mim). Ideia de que mais um ano se foi e outro vem adiante para seguirmos em frente, construindo uma nova história, escrevendo novas páginas no livro da vida. Tudo isso tem me causado um aperto.

No ultimo sábado li um pequeno texto no facebook. Compartilho:

"2012: logo, página virada.
2013: logo, próximos capítulos.
Até lá, dois dias para refletir sobre as folhas escritas e decidir se algumas delas serão arrancadas ou mantidas como leituras que contribuíram, mas que não mai farão parte do novo contexto literário da sua vida." - Adriana Studart

Se antes eu já me encontrava pensativa, depois desta simples leitura me encontro muito mais. Passa um filme na cabela de todas as lembranças vividas em 2012... quantas lutas, meu Deus! Quantas lutas! Foram muitas incertezas, muitas descobertas, algumas atitudes que se fizeram necessárias e mudaram todo o rumo da rotina. É como se eu pudesse tocar em cada emoção vivida, em cada angústia, sentir tudo aquelo que me roubou o foco, que o me trouxe de volta, que me tornou assim. Sei também que não foram só tristezas, não! Fiz, descobri, sorri, chorei de felicidade, cantei, emocionei, toquei, amei; mas é próprio do ser humano (pelo menos boa parte) olhar para o passo que se perdeu no caminho e o fez perder a direção.

Planos para 2013? Digamos que sim, mas de uma forma mais madura, pé no chão e sem muitas quimeras. Meu desejo maior é que no próximo ano eu encontro o equilíbrio do "ser gente", equilíbrio da mulher inteira em pura essência. Que eu saiba me deixar ser conduzida pelo autor do livro da minha vida.

Feliz páginas novas!
Feliz 2013!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Você me bagunça...

Foi numa tarde nublada de segunda-feira que ela fitou pela primeira vez o seu olhar. Desconfiada, timidamente o encarava nos olhos, sem que ele a percebesse, e algo ali, ainda que indecifrável, a inquietou.

À medida que as horas daquela tarde de novembro se desenrolavam os dois foram se descobrindo um tanto semelhantes, por um momento se denominaram irmãos gêmeos, apesar das diferenças notáveis: ele com seu jeito sério másculo de ser, ela calada e meio desconcertada.

A moça não sabe ao certo o que passou na cabeça dele naquele primeiro encontro, mas ela conseguiu observar os pequenos detalhes que desde então fizeram toda a diferença naquele relacionamento (até então incerto) que iniciou ali, no dia 7 de novembro.

Ele: Olha, aqui tem açaí. Você gosta?
Ela: Gosto. Nossa, eu adoro açaí.
Ele: Eu estou ficando com medo de você. o.O
Ela: Medo de mim? Por quê?
Ele: (...) #silêncio

 “Como é possível duas pessoas tão distintas serem tão semelhantes?” ela se questionava enquanto ele partilhava sobre a vida ou até mesmo quando o assunto faltava.

Aquele dia para os dois foi a porta para uma grande história. Eles tornaram-se amigos e um mês depois iniciaram um relacionamento de namoro. Para ele, no momento certo, para ela, um tanto repentino, mas isso já não importa. O que realmente importa foi a história que eles construíram.

Ele de tudo fez e se esforçou para entrar no mundo dela, caminhar junto dela e de uma forma muito natural, ele foi mudando e, sem perceber, se tornando cada dia uma pessoa melhor. Ela a ele nunca disse, mas essa resposta dele foi o que a fez continuar apostando no namoro durante todo aquele tempo, pois a pessoa na qual, ainda que lentamente, ele foi se transformando, foi justamente a que ela um dia sonhou pra si.

Certo dia, não sei o porquê, mistério de Deus, um teve que se dispersar do outro... Não sei explicar, foi repentino, foi um desatino e ela perdeu o prumo, o rumo e desde então nunca mais foi a mesma. Ele? também não. Só sei que foi assim... Ele na sua razão de homem parece lidar tão mais facilmente com isso e ela na sua sensibilidade de mulher, que tenta disfarçar, parece hoje, pouco a pouco, se acostumar com o sofrer, pois não consegue perceber o sentido de tudo e até onde há de se estender essa agonia.

Hoje, para ela, por mais complexo que possa parecer, esta canção resume tudo: “Assimila, dissimula, afronta, apronta, diz: "carrega-me nos abraços", lapida-me a pedra bruta, insulta, assalta-me os textos, os traços, me desapropria o rumo, o prumo, juro me padeço com você! Me desassossega, rega a alma, roga a calma em minha travessia, Outro ‘porquê’ “. À cada encontro, à cada visita, à cada vista, longe ou perto, abraço ou beijo, ela sempre volta pra casa diferente e não quer ser mais a mesma.

VOCÊ me bagunça...

Dela ele roubou o olhar, a mão, coração.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Meg

O que dizer daquele animalzinho que foi denominado como o "melhor amigo do homem"? 
Pois sim, ela se chama Meg, tem a personalidade do Marley (do filme Marley e Eu) e há 8 meses colore a nossa vida.


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O que realmente traz a felicidade?


Nas últimas semanas tenho me questionado bastante a respeito disse e confesso que as resposta que eu encontro (ou busco) tem sido bastantes vagas. Uma vez ouvi dizer que só se é feliz quando se ama, está apaixonado ou acompanhado. Outra vez disseram que a felicidade está nas coisas simples e até mesmo naquilo que não se vê.

Analisei algumas coisas da vida, da minha e do meio em que vivo, do que já vivi e do que vivo, do que aprendi errando e acertando, e percebi que a felicidade é nada mais e nada menos que uma construção, diária, árdua, mas não impossível. Constatei em minha história buscas incessantes e inconscientes por pessoas perfeitas, relacionamentos amorosos e de amizades impecáveis, momentos “alá Hollywood” juntamente com uma série de ilusões. Percebi isso não somente em mim, mas na humanidade, na juventude doente do século XXI. O “interessante” da história é que tudo isso chega a ser meio obvio, mas ao mesmo tempo o ‘meio óbvio’ é também ‘meio imperceptível’. Enfim... não é neste ponto (ainda/hoje) que eu quero chegar. Retorno para a incógnita inicial: O que realmente traz a felicidade?

A palavra felicidade me remete à natureza, rede, sombra e água fresca (#devaneio), me faz sonhar com a sorte de uma vida tranquila  sem os agitos frenéticos da vida urbana nos finais de semana e com um amor que me complemente simplesmente em me amar (#devaneiospartedois rs).

Diante disso eu constato duas coisas:

Primeiro: A verdadeira felicidade está dentro de nós mesmo, dentro daquela caixinha de registros, misteriosos ou não, chamado coração, pois é justamente lá que está a essência do meu EU. É neste relicário guardado do lado esquerdo, muitas vezes abandonado, que está a minha verdade, pura, nua e crua. Onde primeiramente eu, SOMENTE, posso tocar. (Forte, não?)

Segundo: Aquele que um dia me disse que a felicidade está nas coisas simples da vida estava e sempre esteve certo. Exemplo disso: reparem no antes e depois da maternidade de alguma mulher bem sucedida profissionalmente e financeiramente. Tudo muda, desde a pele ao brilho no olhar. E tantas outras coisas, ainda mais simples... como o sorriso incontido da amada ou receber flores do amado.

Procurar dentro de si, ciente da sua verdade e limites faz toda a diferença. Ser feliz DE VERDADE é impossível? Mesmo com as dificuldades da vida, não é impossível. Se eu a encontrei? Levantando e caindo, rindo e chorando, estando bem ou mal, eu vou identificando na minha história aquilo que realmente me faz feliz, e os altos de baixos da vida me faz identificar que está alegre nem sempre significa ser feliz.

E você, o que tem a dizer sobre essa tal felicidade?

Reflexão sobre o dia de hoje


É inevitável para minha pessoa , no dia 25 de dezembro, Natal, aniversário do Menino Jesus, não me pegar recordando de algumas coisas e refletindo sobre outras, ainda mais neste tempo em que vivo... Digamos que é um tempo meio abstrato e inominável. 

Lembro-me que, quando criança, eu ansiava pela chegada desta data, ansiava pela reunião e união de toda a família na casa de algum familiar para a ceia. Naquele tempo em que usufruía dos meus, mais ou menos, 6 ou 7 anos, eu não entendia muito bem o que era o Natal. Eu sabia que era o aniversário de Jesus, mas ouvia falar muito mais de Papai Noel do que no Menino. Boa época da infância. O tempo foi passando... eu fui mudando... a família também. Algo, natural do tempo cronos, necessário até, fez com que alguns se aproximassem mais, outros se distanciassem e dispersassem. Só sei que hoje o “Natal familiar” não é mais o mesmo de 16 anos atrás. Processo mais que natural da vida, mas de se questionar se a mudança foi para melhor ou não.

Para mim, de uma forma muito pessoal, ainda mais diante deste tempo abstrato e inominável como dito anteriormente, existem vários desejos dentro do meu ser, mas um, em especial, se sobressai hoje... é justo o desejo do nascimento do Menino Jesus, o Homem em Deus, Vida em minha morte nasça na manjedoura do meu coração e faça morada renovando o que está morto, afastando daqui tudo aquilo que não me permite ser quem eu sou em essência, ser aquela que meu Criador viu quando sonhou comigo. Apenas isso!

Que nesta data as pessoas possam olhar mais para os lados, sair um pouco de si e ir de encontro aos mais necessitados que muitas vezes se encontram ao nosso lado, talvez dentro da nossa casa, mas não percebemos. Que neste Natal as pessoas, de fato, encontrem o verdadeiro sentido de vida e que esta data tão especial não seja mais uma “união anual” no dia 25 (somente!).

Eu poderia escrever muitas coisas aqui, pois o dia de hoje realmente mexe comigo e muito me faz refletir, me faz lembrar da minha infância, me faz lembrar da minha adolescência, do primeiro amor, de algumas pessoas que já passaram e marcaram esta vida aqui, de amizades, das minhas alegrias e dores, me faz pensar naquela que eu fui e em quem eu me tornei, no hoje, no ontem, no amanhã, mas nem sempre as palavras conseguem expressar tudo aquilo que está no coração, diante disso prevalece o silêncio.

Boa noite!

Nasceu o menino

Nasceu o Menino
Emanuel frágil e pequeno, forte e poderoso, força na fraqueza, luz nas trevas. 
Emanuel Deus no homem, o homem em Deus, vida em nossa morte. Deus conosco...
Tua fraqueza nossa força, tua vitória o amor, oh frágil menino, oh forte Senhor. ♪


Primeiro post...

Olá, meus futuros leitores (ainda inexistentes rs)!

Vamos lá: Por que "Relicariando?"

Gosto muito da palavra "Relicário", não por ser o nome de uma obra do Nando Reis cantada pelo autor e Cássia Eller, mas pelo significado que ela carrega: 'lugar próprio para conter relíquias', 'caixa de lembranças', daí surge o "Relicariando...", onde eu vou tecendo o fio da minha vida, vivendo o hoje, sonhando com o amanhã, me recordando o passado, me expressando por meio de alguma imagem, uma frase ou um longo texto, não sei... O blog não tem uma proposta específica, eu o nominei de tal forma, pois gosto de tratar de assuntos sobre a vida, o cotidiano. Admiro o falar e o silenciar, o diálogo com o olhar ou com uma bela canção, seja ela feliz ou triste, tudo depende do estado presente. Os grandes tesouros da vida estão escondidos no olhar de uma criança, no vento que toca o rosto, nos desenhos em nuvens, no sorriso aberto ou incontido. Simples assim!

A decisão de abrir um blog não foi algo pensado em quem poderia ler ou em como chamar atenção e atrair leitores, aparecer. Não. Nada disso. É algo pessoal, que vem de dentro para fora, é nada mais e nada menos que, mais uma decisão oriunda de uma obra interior que se reflete hoje no meu exterior.

Finalizo dizendo que...

Aqui eu tenho licença poética e a porta está aberta!

Shalom.