segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Não tenho nada mais que hoje

No fim da tarde de hoje, por volta das 17h, saindo do trabalho e envolvida num emaranhado de pensamentos, meu olhar avistou, a poucos metros da minha frente, um senhor, já idoso, vestido de forma modesta, mochila nas costas, camisa social xadrez, calça social azul até com umbigo e uma botina. Imagino que, assim como eu, tinha acabo de sair do trabalho e seguia para casa. Olhando pra ele, observando seus passos, sua forma de andar, seu jeito de atravessar a rua, me remeteu à seguinte frase: não tenho nada mais que hoje!


O curioso da história é que ali, naquele mesmo lugar, há 1 ano e meio atrás, estava eu dentro de uma vã que atropelou um senhor que travessou a pista fora da faixa de pedestres, acidente que me causou susto e compaixão da dor daquele homem, distante dos filhos e netos naquele momento inesperado e sofrido, acidente que lhe causou, dias depois, a morte.

À medida que meus olhos seguiam os passos daquele senhor em plena Esplanada dos Ministérios, eu ia percebendo sua fragilidade, não somente pela idade, mas como ser humano, o homem que sofre, que é marcado, mas que tem grandes histórias pra contar, sejam elas boas ou ruins, enfim.

“Não tem nada mais que hoje” é o que de toda essa reflexão me ficava. O hoje, o agora, o minuto presente, é tudo que eu tenho, nada mais me resta se eu não tenho certeza que amanhã eu farei o mesmo trajeto e serei telespectadora do pôr-do-sol do céu de Brasília. Não existem certezas, pois não é garantido que amanhã o espetáculo da vida será, para nós, “vivo”.

Eu só tenho o hoje... Mas afinal, o que eu tenho feito dele? Será que a minha vida tem feito diferença no meio em que vivo? Será que as minhas palavras não passam de meras palavras que se perdem ao vendo? Será que eu consigo sair de mim e ir de encontro àquele que, mesmo em silêncio, clamam minha ajuda? Eu vivo ou sobrevivo?

Há certos questionamos onde as respostas cabem somente a mim.

E você o que pensa disso? Não precisa responder, apenas reflita.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Há de se...


Um dia há de se completar
E mais nada há de faltar
Quando ele for dela
Quando ela for dele
Um dia há de se complementar



sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Meros devaneios...

A verdade é que o que o mundo deseja é ser feliz e nada mais (!) e isso implica toda uma sabedoria, para alguns a sorte, ação e espera... As vezes toda uma vontade de ser livre de todas as amarras interiores, colocar uma mochila nas costas, pegar a estrada, colocar uma boa canção, curtir o amor que há dentro de si, no mais íntimo, pronfudo e simples da imaginação e do coração, no desejo de que meros devaneios tolos se tornem realidade, e, a cada passo, compasso, e pausa experimentar o processo saboroso do tornar-se real.

Eu quero. Eu espero. Eis aqui um coração que bate desejoso de amar, amar e nada mais.

Trilha sonora do dia:

Marcelo Camelo e Mallu Magalhães - Janta ♪

"Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade


Eu quis te convencer, mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade


Paper clips and crayons in my bed
Everybody thinks that I am sad
I'll take a ride in melodies and bees and birds
Will hear my words
Will be both us and you and them together


I can forget about myself
Trying to be everybody else
I feel alright that we can go away
And please my day
I'll let you stay with me if you surrender


Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
(I can forget about myself
Trying to be everybody else)
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá


(I feel all right that we can go away)
Pode ser a eternidade má
(And please my day)
Eu ando sempre pra sentir vontade.
(I'll let you stay with me if you surrender)"


o/